Gilberto Rodrigues dos Anjos, de 34 anos, que está preso pelo assassinato de Cleci Calvi Cardoso, 45 anos, e as filhas Miliane Calvi Cardoso, 19 anos, Manuela Calvi Cardoso, 13 anos, e Melissa Calvi Cardoso, 10 anos, ocorrido em Sorriso em 2023, foi condenado a 17 anos, três meses e 29 dias de prisão por matar o jornalista Osni Mendes Araújo. O crime ocorreu em 2013, em Mineiros, na região sudoeste de Goiás. Após a morte, a vítima teve o carro furtado, segundo a denúncia do Ministério Público. Ele foi julgado no último dia 16 pelo tribunal do júri.
Os jurados reconheceram que o assassinato ocorreu por motivo fútil, com emprego de meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, levando à condenação por homicídio triplamente qualificado, seguido de furto, informou o G1 de Goiás.
Conforme a denúncia do MP, durante a madrugada de 22 de dezembro de 2013, Gilberto conheceu o jornalista Osni Mendes em um bar da cidade de Mineiros. Os dois teriam começado a conversar, até que Osni ofereceu uma carona para os dois irem até outro estabelecimento. O acusado aceitou o convite e os dois entraram no carro do jornalista. Durante o trajeto, Osni parou o carro, alegando que iria fazer xixi e ofereceu que ele também descesse do veículo para esticar as pernas.
Segundo Gilberto, quando os dois estavam fora do carro, a vítima tentou beijá-lo à força e ele reagiu lhe empurrando e dando socos no rosto. A partir disso, os dois homens entraram em luta corporal, até que o acusado nocauteou o jornalista com murros. Em seguida, usou a camisa da vítima para enforcá-la, causando sua morte.
Após o crime, Gilberto teria furtado o carro da vítima para fugir do local e se esconder na chácara de um amigo, conforme o inquérito policial. Ele continuou usando o veículo e foi encontrado pela Polícia Militar em um bar, cinco dias depois da morte de Osni. O homem confessou com frieza o assassinato, segundo a Justiça.
Gilberto ficou seis meses preso entre 2013 e 2014, mas foi liberado devido ao excesso de prazo no inquérito. Intimado novamente, não compareceu e tornou-se foragido. Um novo mandado de prisão foi expedido em 2018, mas só foi cumprido em novembro de 2023, quando ele foi detido em Sorriso, pela chacina da mãe e três filhas. O tempo em que Gilberto já esteve preso será descontado da sentença.
Essa foi a segunda condenação de Gilberto em menos de dois meses. Ele foi condenado em março pelo tribunal do júri de Lucas do Rio Verde a 22 anos, 7 meses e 10 dias de prisão por crimes cometidos contra outra mulher dois meses antes da chacina em Sorriso. A condenação na ocasião foi por estupro, tentativa de feminicídio e lesão corporal qualificada pela violência de gênero, pelo crime ocorrido em setembro de 2023, em Lucas do Rio Verde.
Na ocasião, na madrugada de 17 de setembro daquele ano, Gilberto invadiu a casa de uma mulher e a estuprou mediante violência e grave ameaça. Em seguida, tentou matá-la para evitar que fosse denunciado, mas a vítima reagiu e conseguiu impedir o assassinato. A mãe da vítima foi agredida com socos no rosto ao tentar socorrer a filha. Após os gritos por ajuda, Gilberto fugiu do local.
Ele teve a prisão decretada e também estava foragido até ser preso, em novembro do mesmo ano, pela chacina. Até o momento, Gilberto não foi julgado pelo crime em Sorriso e ainda não há data. Ele está atualmente custodiado na Penitenciária Central de Cuiabá.
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