A água, sem dúvidas, é um recurso fundamental para o nosso planeta e para a sociedade. Os oceanos concentram 97% da água, enquanto os 3% de água doce estão divididos entre as geleiras (62,81%), águas subterrâneas (36,45%), lagos, rios e áreas úmidas (0,42%), água no solo (0,29%) e atmosfera (0,03%). A migração da água de um reservatório para outro é conhecida como ciclo da água. No dia 5/5, a Escola Estadual Zélia da Costa Almeida, situada no Jardim Presidente II, em Cuiabá, recebe uma exposição itinerante que visa apresentar, de forma dinâmica, informações sobre a água, desde sua origem até o uso no dia a dia.
O Brasil possui os dois maiores reservatórios de água subterrânea do mundo: os aquíferos Alter do Chão e Guarani. A água subterrânea é utilizada para o abastecimento de 52% dos municípios do país. A captação de água em poços está presente em todo o território nacional. Além disso, o consumo de água mineral faz parte da vida do brasileiro. A água dos rios tem sua origem nos aquíferos. Antes de surgir nas nascentes, percorre um caminho — às vezes longo — desde a infiltração no solo, ando pela circulação no aquífero, até chegar à surgência da água.
A exposição é conduzida por estudantes e professores do curso de Engenharia de Minas da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). O professor Caiubi Kuhn, coordenador do projeto, destaca que “nesta exposição é explicado desde a origem da água no planeta, a migração entre os diferentes reservatórios — seja pelo ciclo da água longo ou curto. As amostras de rochas e minerais e os exemplos regionais sobre os diferentes tipos de aquíferos ajudam a explicar para os estudantes as diferenças entre as características das águas e fenômenos como o das águas termais”.
A água subterrânea, quando captada como água mineral ou no caso de águas termais, é considerada um recurso mineral. No ano de 2024, o estado de Mato Grosso arrecadou mais de 2,4 milhões de reais somente com a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais – CFEM. A água subterrânea, quando captada para consumo direto, é gerida pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (SEMA), por meio da autorização de outorga.
A realização da exposição é promovida pelo Projeto Educação, Geociência e Mineração, da Universidade Federal de Mato Grosso, em conjunto com o Grupo de Trabalho Mineração, da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, e faz parte da Semana Estadual da Campanha Educa Mineração, criada pela Lei nº 12.727/2024, proposta pelo deputado Max Russi.
Para quem estiver interessado em saber mais sobre o projeto ou agendar uma exposição em sua escola, é possível entrar em contato com a equipe do projeto por meio do Instagram ou pelo telefone (65) 98126-7973.