O senador Jayme Campos (União-MT) criticou, nesta quarta-feira, a decisão da empresa Azul Linhas Aéreas de suspender voos que partem de Cuiabá para cinco capitais brasileiras, além de encerrar a rota direta para Alta Floresta. “Trata-se de um total desrespeito ao cidadão mato-grossense. Essa decisão representa um retrocesso grave que afetará de forma direta a mobilidade da população, o preço das agens aéreas, sobretudo com impactos sobre a economia do nosso estado”, disse.
Segundo Jayme Campos, a retirada dos voos compromete o o da população a um serviço essencial e afeta setores produtivos como o agronegócio. Ele alertou que o Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, já está apto para operar voos internacionais, mas ainda não tem ligações concretas com outros países. O senador sugeriu a criação de uma rota entre Cuiabá e Lima, no Peru, como forma de ampliar a integração com a América do Sul e reduzir custos logísticos.
O senador também cobrou uma atuação mais efetiva do governo federal para incentivar a aviação regional, e apresentou requerimento para que o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Roberto Honorato, compareçam ao Senado a fim de prestar esclarecimentos sobre o corte dos voos.
“Aqui já foram tramitados, nesta Casa, alguns projetos com a possibilidade de que outras empresas pudessem vir a operar o nosso sistema aéreo; infelizmente, não prosperaram. Há um monopólio, uma concentração na mão de poucos”, disparou.
Jayme Campos defendeu maior concorrência no setor aéreo e pediu o uso estratégico do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac), que hoje dispõe de R$ 6 bilhões, para garantir voos regulares em regiões como Mato Grosso. Para o senador, é necessário romper com o modelo atual de concentração de rotas e tarifas elevadas.
“Chega de monopólio, chega de abusos, chega de descasos. O povo brasileiro merece um transporte aéreo digno, eficiente, compatível com a realidade do século 21. Viajar para o Brasil não pode ser luxo, tem que ser um direito”, concluiu.
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