A senadora Margareth Buzetti criticou a atuação do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e do Supremo Tribunal Federal (STF) contra a Ferrogrão, ferrovia de 933 quilômetros de extensão projetada para ligar Sinop ao porto de Miritituba, no Pará. A sigla foi responsável pela ação que culminou na paralisação, em 2021, dos estudos para implantação do empreendimento.
“O que me assusta é que toda vez que falamos de Ferrogrão, o PSOL entra com mandado de segurança e trava. É o único país que eu vejo travar estudos. Eu não consigo entender como o STF faz isso. Travar estudo não é possível. A Ferrogrão é importantíssima para nós. Todos são a favor, menos o Meio Ambiente”, criticou Buzetti.
O projeto da ferrovia ou por ajustes, feitos recentemente, após ficar anos parado no STF por conta da ação movida pelo PSOL que questionava impactos ambientais próximo a reserva indígena no Pará. A Agência Nacional de Transportes Terrestres fez ajustes e é esperada aprovação. O projeto inicial previa que multinacionais do agronegócio bancariam parte dos investimentos e o governo federal também custearia a obra.
Na semana ada, o ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou, em roadshow em Nova York, os primeiros leilões de ferrovias no Brasil. Segundo o jornal O GLOBO o pacote inclui o projeto da Ferrogrão, com leilão programado para julho de 2026, com publicação do edital em abril do mesmo ano. O projeto foi apresentado aos investidores com a previsão de investimento de US$ 3,54 bilhões (R$ 20,07 bilhões na cotação atual).
O certame estava previsto para este ano, mas a liberação do projeto ainda está sendo discutida no Supremo Tribunal Federal e os estudos de viabilidade ainda serão enviados para análise do Tribunal de Contas da União (TCU).
A expectativa é que a ferrovia derrubará o preço do frete de grãos que saem do centro de produção de soja e milho no Mato Grosso em mais de 20%, reduzindo a dependência do transporte pela BR-163 e por outras rotas mais distantes que levam aos portos das regiões Sul e Sudeste.
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